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quarta-feira, 23 de junho de 2010

São Paulo iluminada...

Dias de frio me fazem pensar
Tomei um café, fumei um cigarro
- Será que consigo conviver com isso? - você me perguntou
Com a cara mais deslavada
E as garrafas que esvaziei, as noites que não dormi, as mulheres que abandonei?
Fui passear pela cidade, ver o Sol se pôr
Brincar com garotinhas à procura de amor
Dei risada sozinho, diante de tanto vazio
E quando voltava para casa topei, em meu caminho, com outro Anjo
Perdido na escuridão
Estávamos tão cansados que nos demos as mãos
E vagamos juntos pela solidão
Na escuridão da São Paulo iluminada
Na escuridão da São Paulo iluminada
Quebraram minhas asas, me pus a caminhar
Ladeei a estrada, dedo em riste, carona
Carros, motos, putas, drogas e baladas
Promessas, mentiras, sexo: usura total
Será que alguém sabe dizer de que planeta sou,
Ou se estive escondido por tempo demais
Na escuridão da São Paulo iluminada?
Na escuridão da São Paulo iluminada.
Meus olhos ardem em chamas, seus lábios ardem de desejo
Seu corpo é um santuário, sua cruz vai me queimar
Façamos o velho ritual de união quando o sino da Sé soar doze vezes
Meia noite em ponto, na escuridão, na vastidão,
Na desilusão da São Paulo iluminada.

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