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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Momento único...

Tenho medo de tudo o que há no mundo
Tamanha imensidão
Perco-me entre a multidão
Eu tenho medo de perder a identidade
Esquecer-me de quem sou
Não posso perder seu amor.
Nós temos que nos proteger, temos que ficar juntos
Cuidando um do outro
Nós temos que ficar unidos
Fechar-nos num momento, um momento único.
Meu coração sofre como desperdício, tanto amor jogado fora
Pérolas aos porcos
Você não me vê, mesmo que eu desapareça
Sequer lembra que existo e isto me destrói aos poucos
Mas eu sou muito tolo, esqueço-me do amor próprio
Jogo-me contra um muro, me ralo, me esfolo
Acreditando que temos que nos proteger, temos que ficar juntos,
Cuidando um do outro
Nós temos que ficar unidos
Fechar-nos num momento, um momento único.

Jeremias sou eu...

Me diz que nada aconteceu, jura que nunca me enganou
Como se fizesse muita diferença
Desmoralizando minha crença
Nunca fui um homem de fé, não ponho marcas em minha testa
Ainda assim você me trata como se eu fosse “o besta”

Se não me deve satisfações, não diga nada que é melhor
Juro que não quero ouvir outra história pra boi dormir
Já que insiste, fala então, que vou tentar ficar com dó
Jura que não se perdeu
E vai pensando que Jeremias sou eu

Pra todo o mundo você dá, só comigo quer namorar
Quer carinhos e atenção, me pede exclusividade
Logo eu que quero curtir
Eu que nunca exigi muito
Por que foi que me escolheu?
Tá pensando que Jeremias sou eu?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Confissão...

Hoje senti seu cheiro e me lembrei de um tempo
Em que tudo era suave, doce e o amor total e sem medo
Hoje senti seu cheiro e me assustei, parei, sentei e chorei
Porque a saudade me pegou de jeito e não deixou que eu esquecesse o medo
Na verdade não é nem medo, é remorso por ter errado tão feio
Uma nova maneira de autopunição, uma desculpa tola para tocar em sua mão
Hoje senti seu cheiro e até adoeci
As lembranças martelaram minha cabeça, minha consciência já não me deixa dormir
A escuridão da madrugada me atormenta e a televisão ligada me acusa
Mas todo este mal, eu sei, não tem remédio, e o perdão que busco está dentro de mim
Porém o nojo que hoje sinto não deixa eu me tocar
Se minhas atitudes entristecem como é que vou me perdoar?
Hoje senti seu cheiro e me lembrei de um tempo
Em que o amor era sagrado, fato consumado
Ao me lembrar daquele nosso carinho, descobri que a rotina destrói
E vai deixando os restos pelo caminho
Mas deixe em mim seu cheiro, seu perfume, que é o bastante para que eu não a esqueça
Para que o amor reapareça em meio ao ciúme
E te juro que, assim, reconstruo nosso passado, enquanto ainda há tempo.