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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Tormento silencioso

Quem me vê assim sossegado, meio calado, distante
Não imagina que constantemente, em meu interior, travo uma batalha.
O bem nem sempre vence o mal.
Às vezes sou eu o derrotado.
Deixo que meus demônios escapem
Extravazando um outro lado.
Meio louco, irresponsável, aventureiro, insensato e até bizonho.
Violento e amoral.
Este outro "eu" me apraz.
Quando me canso de ser o bom moço, o paralelo me satisfaz.
Visitas passageiras, rápidas reviravoltas
E novamente me fecho em minha batalha silenciosa.
Se me encontrar atormentado, fique distante ou posso lhe ferir.
Se o monstro estiver no domínio, a qualquer momento posso explodir.
Por outro lado, se eu estiver calmo e você precisando de um amigo.
Não tenha medo, chegue mais perto, conte comigo.
Serei seu melhor conselheiro, companheiro admirável.
Com o "eu" do bem presente, serei bobo de tão amável.
Este sim sabe ser bom, legal, especial, maravilhoso.
Mas se eu estiver muito calado, apenas respeite
Meu tormento silencioso.

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